quarta-feira, 6 de março de 2013

Eu te amo, mesmo!

Há um aspecto da minha personalidade que eu detesto e não tenho conseguido mudar, a pesar de não fazer nada para o mudar, que é: distanciamento total das pessoas de quem eu gosto.


Sempre fui uma pessoa de poucos amigos, por ser muito introvertida e por gostar de estar sozinha, mas não quer dizer que as pessoas de quem eu gosto não estejam no meu coração, simplesmente não ligo para elas, não mando e-mail, não mando carta, não mando um recado. Se não forem elas a me procurar, a amizade morre. E isto acontece com a família, o que é muito grave.

Mas a amizade não morre na realidade, porque eu não deixo de gostar delas da mesma forma que gostava quando havia contacto, costumo sentir muita falta delas e alimento a amizade na minha lembrança apenas.

Rapidamente olhando para o passado, lembro de duas amigas que sempre insistiram estar presente comigo, mesmo quando já não fazíamos parte do mesmo dia-a-dia. Elas sempre me telefonaram, me escreveram, nunca me largaram. Eu agradeço muito por elas terem feito isso, do contrário não teríamos tido as experiências maravilhosas que tivemos.

Como é possível estar tão longe da família e só ligar de dois em dois meses, ou de três em três meses? As vezes até pensam que estou chateada, mas não estou. Eu os amo muito.

Eu não queria ser assim. Eu gosto mesmo das pessoas, eu me interesso mesmo por elas. Talvez seja um complexo de inferioridade, explico: os amigos costumam falar sobre o seu dia-a-dia, e muitas vezes não fazemos parte desse dia-a-dia, então eu penso que se eu falar sobre o meu vou estar a chateá-las, o que não quer dizer que me chateio com o delas.

Vou fazer um exercício este fim-de-semana: vou escrever um e-mail para: as minhas irmãs, vou telefonar para a minha mãe, mandar e-mails para todos os meus amigos que tiver contacto, ir à casa da minha amiga ver um filme com ela. Vão se espantar, mas vou fazer disso um exercício semanal, vou dar calor humano e vou à busca dele.

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