sábado, 9 de março de 2013

E já passaram 10 anos...

Fez 10 anos, dia 01/03/2013, que estou a viver em Portugal. Parece que foi ontem que a minha família estava toda no aeroporto para me ver partir para tão longe! Foi uma mistura de emoções da qual eu nunca senti antes.

No primeiro mês foi tudo novidade, depois com o passar do tempo fui sentindo um saudade tão dolorosa... Uma noite naquele ano de 2003 liguei para a casa da minha mãe e falei ao telefone com a minha amada irmã Cláudia, era só ela que estava lá, não foi preciso palavras, não falamos nada, só choramos e assim nós entendemos tudo, sem falar nada.

Com o passar dos anos a dor vai cicatrizando, mas está sempre lá.


quarta-feira, 6 de março de 2013

Eu te amo, mesmo!

Há um aspecto da minha personalidade que eu detesto e não tenho conseguido mudar, a pesar de não fazer nada para o mudar, que é: distanciamento total das pessoas de quem eu gosto.


Sempre fui uma pessoa de poucos amigos, por ser muito introvertida e por gostar de estar sozinha, mas não quer dizer que as pessoas de quem eu gosto não estejam no meu coração, simplesmente não ligo para elas, não mando e-mail, não mando carta, não mando um recado. Se não forem elas a me procurar, a amizade morre. E isto acontece com a família, o que é muito grave.

Mas a amizade não morre na realidade, porque eu não deixo de gostar delas da mesma forma que gostava quando havia contacto, costumo sentir muita falta delas e alimento a amizade na minha lembrança apenas.

Rapidamente olhando para o passado, lembro de duas amigas que sempre insistiram estar presente comigo, mesmo quando já não fazíamos parte do mesmo dia-a-dia. Elas sempre me telefonaram, me escreveram, nunca me largaram. Eu agradeço muito por elas terem feito isso, do contrário não teríamos tido as experiências maravilhosas que tivemos.

Como é possível estar tão longe da família e só ligar de dois em dois meses, ou de três em três meses? As vezes até pensam que estou chateada, mas não estou. Eu os amo muito.

Eu não queria ser assim. Eu gosto mesmo das pessoas, eu me interesso mesmo por elas. Talvez seja um complexo de inferioridade, explico: os amigos costumam falar sobre o seu dia-a-dia, e muitas vezes não fazemos parte desse dia-a-dia, então eu penso que se eu falar sobre o meu vou estar a chateá-las, o que não quer dizer que me chateio com o delas.

Vou fazer um exercício este fim-de-semana: vou escrever um e-mail para: as minhas irmãs, vou telefonar para a minha mãe, mandar e-mails para todos os meus amigos que tiver contacto, ir à casa da minha amiga ver um filme com ela. Vão se espantar, mas vou fazer disso um exercício semanal, vou dar calor humano e vou à busca dele.

domingo, 3 de março de 2013

Manifestação

Este sábado, dia 02/03/2013, fui à Lisboa para uma manifestação contra a política deste governo e contra a permanência do FMI em Portugal.

Não vou me alongar nas minhas teorias políticas aqui, até porque gosto que os meus posts sejam curtos. Mas este governo de direita, e sempre fui contra contra a governos de direitas, está a tirar a comida da mesa do povo e colocar no bolso dos banqueiros.

Os salários estão cada vez mais pequenos com tantos cortes, tantos aumentos no custo de vida. E ainda querem cortar mais, mais e mais.

Se eu tivesse direito à votar tentaria o Partido Comunista e correria com os mesmos que estão sempre no poder a alternarem-se e a acusarem-se. Desde o fim da ditadura em Portugal, há apenas dois partidos que têm estado no poder, um de direita e outro que se diz de esquerda.

Mas fundamentalmente é preciso mudar o sistema. Porque um político tem que ser pago à peso de ouro? Porque eles não assumem o compromisso de que têm que prestar um serviço para o bem do povo e não para o bem deles próprios? Porque um cargo político é visto como se fosse acertar no número da lotaria?

Mas eu não perdi a esperança, acredito que ainda surgirão um grupo de pessoas que tem Deus no coração e um olhar para as pessoas miseráveis e que inventarão um modo de vida diferente deste onde cada ser humano viverá com dignidade.